Esta escrita visa relatar uma experiência educacional a partir da arte em tempos de ensino remoto. A educação precisou ser reinventada em âmbito mundial, por causa da pandemia (Covid-19). A rede municipal de educação de Santa Maria- RS, propôs que este trabalho, esta nova forma de educar, se desse de maneira interdisciplinar. Para facilitar a organização, na EMEF Reverendo Alfredo Winderlich, optamos em trabalhar por áreas do conhecimento, de acordo com as orientações da BNCC (Base Nacional Curricular Comum). São elas: Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais aplicadas.
As temáticas foram escolhidas mensalmente, a cada mês uma área sugeriu um tema a ser trabalhado durante todo o mês. Assim, no mês de julho a temática sugerida foi “Meio Ambiente”, em outubro o tema volta a ser abordado, mas com foco nas “Queimadas no Pantanal”.
O componente Arte (área de Linguagens e suas Tecnologias), tem sido fundamental para provocar o pensamento em relação às questões ambientais, sendo disparador para os questionamentos da área nas aulas assíncronas, convidando os alunos a repensarem sua relação com a natureza, a quantidade de lixo produzida em suas residências, o destino correto de resíduos, bem como, maneiras de criar, produzir arte sem ferir a natureza, dentre outras possibilidades. Propondo uma mudança no comportamento social.
Estas propostas foram possíveis a partir de obras como “Caçamba” e “Pets” do artista brasileiro Eduardo Srur, “Retratos do Lixo” de Vik Muniz, retratos em papelão de Mark Langan, os grafites de Mundano, dentre outros. Também exploramos o uso da arte como forma de protesto a partir de obras do Greenpeace. Sugerimos que criassem algo dentro do que propõe a Land Art, ou seja, criar com a natureza, sem devastar, reorganizando visualmente o que ela nos oferece, as produções dos estudantes foram compartilhadas nas redes sociais de escola.