Resumo

Título do Artigo

FINANCIAMENTO POPULAR PARA A AGRICULTURA FAMILIAR: UM NOVO MODELO DE NEGÓCIO?
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Palavras Chave

Financiamento popular; Finapop; inovação social; economia social e solidária
Popular financing; Finapop; social innovation; social and solidarity economy

Área

Inovação

Tema

Modelos de Negócios Inovadores

Autores

Nome
1 - Manuela Rosing Agostini
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - IFRS - Campus Sertão - Campus Sertão
2 - Monalise D'Agostini
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - IFRS - Campus Sertão - Campus Sertão
3 - Cassia Morás
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - IFRS - Campus Sertão - Sertão
4 - Debora de Zorzi

Reumo

O mercado de capitais Brasileiro em 2021 ganha um novo capítulo, a consolidação da inserção do MST – Movimento dos Trabalhadores sem Terra na B3 (bolsa de valores brasileira, que significa Brasil, Bolsa, Balcão). O movimento denominado Finapop (Financiamento Popular) visa captar R$ 17,5 milhões por meio de emissão de CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) para financiar cooperativas da agricultura familiar. A proposta surge em meio a pandemia de Covid-19, que modificou as estruturas formalmente constituídas no mundo todo. No Brasil, as desigualdades sociais e econômicas se intensificaram, desemprego aumentou significativamente, milhões de brasileiros em empregos informais sofreram diminuição de renda. A crise sanitária obviamente foi maior nas comunidades de baixa renda. Indagações sobre o sistema econômico mundial precisam ser respondidas, com a mesma intensidade com que a pandemia se instalou e alterou as instituições dominantes. Diversas denominações e lentes teóricas podem ser utilizadas na análise do caso, entre elas Inovação social, Negócios Sociais, Empreendedorismo social, financiamento popular, economia social e solidária. A visão teórica precisa traduzir o que o projeto prioriza: investimento em projetos sustentáveis, enfrentamento à pobreza e desigualdade social, financiamento para agricultura familiar, novas formas de negócios. Assim, o objetivo deste artigo é a analisar o caso Finapop como uma nova forma de inovação social voltado para um consumo e investimento mais consciente. O artigo tem uma metodologia qualitativa, de estudo de caso único, num formato de revisão teórica. Assim, apresenta-se uma contextualização sobre a agricultura familiar para analisar um consumo e um investimento mais sustentável, sintetizados numa proposta de financiamento popular idealizadas por um grupo social, economistas e securitizadora nacionalmente reconhecida.
The Brazilian capital market in 2021 gains a new chapter, the consolidation of the insertion of the MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra in the B3 (Brazilian stock exchange, which means Brasil, Bolsa, Balcão). The movement called Finapop (Popular Financing) aims to raise R$ 17.5 million by issuing CRA (Certificate of Agribusiness Receivables) to finance family farming cooperatives. The proposal comes on in the beginning of Covid-19 pandemic, which has changed formally constituted structures all over the world. In Brazil, social and economic inequalities have intensified, unemployment has increased significantly, millions of Brazilians in informal jobs have suffered declining incomes. The health crisis was obviously greater in low-income communities. Questions about the world economic system need to be answered, with the same intensity with which the pandemic took hold and altered the dominant institutions. Several denominations and theoretical lenses can be used in the analysis of the case, among them Social Innovation, Social Business, Social Entrepreneurship, Crowdfunding, Social and Solidarity Economy. The theoretical vision needs to translate what the project prioritizes: investment in sustainable projects, confronting poverty and social inequality, financing for family farming and new forms of business. Thus, the objective of this paper is to analyze the Finapop case as a new form of social innovation aimed at a more conscious consumption and investment. The paper has a qualitative, single case study methodology, in a theoretical review format. Thus, it presents a contextualization of family farming to analyze a more sustainable consumption and investment, synthesized in a proposal for popular financing idealized by a social group, economists and a nationally recognized securitization company.