Resumo

A premissa das capacidades absortivas está ancorada em Penrose (1959), que fundamenta a teoria da firma, na qual é um agente inovador, que acumula habilidades em um ambiente de mutação permanente. Nesse sentido, as organizações acumulam habilidades e conhecimentos para aprimorar a tecnologia que permite ganhos de desempenho, a fim de manter e expandir sua posição dentro do mercado, ou seja, sendo competitiva. Desse modo, a capacidade absortiva é definida como a capacidade de identificar, assimilar e explorar o conhecimento para promover inovação e desempenho que permitam a vantagem competitiva em seus mercados. Este estudo se propôs a investigar como a participação em núcleos setoriais e associações empresariais se relaciona com a capacidade absortiva das empresas e sua percepção de desempenho. Foi realizada uma pesquisa quantitativa, descritiva, operacionalizada por meio de uma survey com 89 empresas Catarinenses. Os resultados mostram que: (1) a maioria dos respondentes atua em prestação de serviços (55,1%) e comércio e varejo (25,8%); (2) 38,2% se enquadram como grandes empresas, e 32,6% são classificadas como pequenas empresas; (3) 43,2% dos respondentes estão associados entre 1 e 5 anos e 23,6% há mais de 10 anos; (4) 34.8% dos respondentes informaram que são participantes de núcleos setoriais (sendo os mais frequentes o Núcleo dos Jovens Empreendedores, de contadores, e imobiliário); (5) quanto à capacidade absortiva das empresas pertencentes a amostra, verificou-se que as empresas entendem ter boas fontes de aquisição (média 3,97), boa capacidade de assimilação (média 3,76) e transformação (média 3,90) para explorar (média 3,95); (6) em relação a percepção de desempenho, verificou-se que as empresas se mostram satisfeitas de modo intermediário com seu desempenho. (7) Por fim, na análise da correlação verificou-se que integrar associações empresariais ou núcleos setoriais não tem relação com a capacidade abortiva e nem com a percepção de desempenho.

The premise of absorptive capacities is anchored in Penrose (1959), which underlies the firm theory, where an innovative agent accumulates skills in an environment of permanent mutation. Organizations accumulate skills and knowledge to improve the technology that allows performance gains in order to maintain and expand their position within the market, that is, being competitive. Thus, the absorptive capacity is defined as the ability to identify, assimilate and exploit the knowledge to promote innovation and performance that allow the competitive advantage in their markets. This study aimed to investigate how the participation in sectorial nuclei and commercial associations is related to the absorptive capacity of companies and their perception of performance. A quantitative and descriptive research was carried out through a survey of 89 companies from Santa Catarina, Brazil. The results show that: (1) the majority of respondents engaged in services (55.1%) and commerce and retail (25.8%); (2) 38.2% are classified as large enterprises, and 32.6% are classified as small enterprises; (3) 43.2% of respondents are associated between 1 and 5 years and 23.6% for more than 10 years; (4) 34.8% of the respondents reported that they are participants in sectorial nuclei (the most frequent being the Young Entrepreneurs, Accountants, and Real Estate Nucleus); (Average of 3.97), good assimilation capacity (average 3.76) and transformation (average 3.90) to explore (average 3.95); (6) in relation to the perception of performance, it was verified that the companies are satisfied with their performance. (7) Finally, in the analysis of the correlation, it was verified that integrating commercial associations or sectoral nuclei has no statistical relation with the abortive capacity nor with the perception of organizational performance of the companies belonging to the sample.