Resumo

Título do Artigo

EVIDÊNCIAS DOS VIESES, EXCESSO DE CONFIANÇA E CONSERVADORISMO, NA TOMADA DE DECISÃO DE INVESTIMENTOS DOS GESTORES/ EMPRESÁRIOS DE MPEs
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Palavras Chave

tomada de decisão; finanças comportamentais
decision making; behavioral finance

Área

Contabilidade e Finanças

Tema

Contabilidade Financeira e Governança Corporativa

Autores

Nome
1 - Larissa Duarte Costa Da Silva
Universidade Federal Rural do Semi Arido. - UFERSA - Mossoró
2 - Francisca Joselânia da Silva Bento
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - Pau dos Ferros
3 - FRANCISCO DAS CHAGAS SILVEIRA SOUZA
4 - Fábio Chaves Nobre
Universidade Federal Rural do Semi Arido. - UFERSA - Departamento de Ciências Sociais Aplicadas
5 - Liana Holanda Nepomuceno Nobre

Reumo

As finanças comportamentais visam compreender os processos que influenciam no comportamento de sistemas financeiros, analisando o processo decisório sob a perspectiva de que o fator psicológico pode afetar o julgamento dos indivíduos (Saurin et al., 2015; Silva Filho, 2011). Neste contexto, as decisões tomadas pela gestão financeira de uma empresa podem sofrer vieses que prejudicam a maximização dos lucros (Saurin et al., 2015). Neste âmbito dos o viés excesso de confiança está entre os mais estudados. Outro viés frequentemente estudado é o conservadorismo, o oposto do excesso de confiança.
Fatores como a experiência em investimentos, nível de tolerância ao risco, idade e nível de escolaridade podem influenciar o nível e intensidade dos vieses. Assim como o porte da empesa. Diante disso surge o questionamento: Quais os efeitos dos vieses excesso de confiança e conservadorismo e seus respectivos determinantes diante das decisões de investimentos dos gestores/empresários de MPEs? O objetivo desta pesquisa é analisar os efeitos dos vieses, excesso de confiança e conservadorismo, e seus respectivos determinantes diante das decisões de investimentos dos gestores/empresários de MPEs.
Em uma visão sucinta, as finanças comportamentais visam identificar como as pessoas tomam decisões financeiras de forma individual e coletiva entre riscos e incertezas, para com isso melhorar o desempenho dos investimentos. Conforme Olsen (1998), não é objetivo das finanças comportamentais definir a racionalidade ou não, do comportamento, mas compreender os processos que implicam no funcionamento de sistemas financeiros. As finanças comportamentais estudam os vieses comportamentais, os quais atuam na tomada de decisão, como, por exemplo, otimismo e confiança (Sauer, 2016).
Quanto aos objetivos, a pesquisa se caracteriza como descritiva. Concernente a abordagem do problema, classifica-se como quantitativa e de Levantamento (Survey). O universo da pesquisa foram os empresários das micro e pequenas empresas da cidade de Mossoró no estado do Rio Grande do Norte (RN). A seleção da amostra se deu de forma intencional e não probabilística, totalizando 75 sujeitos. A coleta de dados foi através da aplicação de questionário distribuído através da rede social Whatsapp durante o período de 04 de dezembro a 04 de março de 2022.
Quanto aos resultados, os gestores/empresários mais jovens apresentaram um perfil mais conservador e menos resistentes aos riscos. As composições de investimentos mais citadas por este grupo foram os ativos de baixo risco. Em contra partida os gestores/empresários mais velhos são exclusivamente confiantes em suas decisões de investimentos, apresentando menos resistência aos riscos, além de serem os que menos investem em ativos de baixo e alto risco.
Observou-se que as variáveis risco e viés conservadorismo não estão correlacionadas com a variável idade. Já a variável excesso de confiança apresentou uma correlação positiva, indicando que quanto mais velho mais confiante o gestor/empresário é. As variáveis experiência em investimentos, investimentos de baixo risco e investimentos de alto risco, apresentaram uma correlação negativa, indicando que quanto mais velho menor a experiência em investimento e são os que menos investe em ativos de baixo e alto risco.
ODEAN, T. Volume, Volatility, Price and Profit When All Traders Are Above Average, Journal of Finance 53, 1887-1934. The Journal of Finance, v. 53, n. 6, p. 1887–1934, 1998. OLSEN, R. Behavioral finance and its implications for stock price volatility. Financial Analysts Journal, 1998. SAUER, P. Heurísticas e vieses comportamentais em decisões financeiras pessoais: Um estudo com profissionais da comunidade médica. Dissertação (Mestrado em Administração). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, p. 102, 2016.