Resumo

O objetivo do artigo foi verificar e analisar a relação entre os níveis de aprendizagem individual (AI), grupal (AG) e organizacional (AO) no contexto supermercado. A contribuição teórica deste estudo está em subsidiar o debate posto por Bido et al. (2010; 2011) sobre a ocorrência dos três níveis de aprendizagem que depende das circunstâncias e natureza do conteúdo a ser aprendido e que os mesmos se diferenciam no interior das organizações. Para tanto, o artigo traz as especificidades das aprendizagens no contexto brasileiro do segmento de supermercado. Ainda, o presente estudo contribuiu com o reforço dos achados de Bido et al. (2010) frente a correlação entre AG e AO. Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionários físicos à 100 trabalhadores. A análise dos dados e das quatro hipóteses levantadas foi por modelagem de equações estruturais e uso do software SmartPLS, cujos construtos foram mensurados como variáveis latentes (VL) de segunda ordem. Os resultados demonstraram que AI não impacta significativamente na AG e nem na AO, invalidando as hipóteses 1 e 2. No entanto, a AG afeta significativamente o comportamento da AO, validando a hipótese 3. Conclui-se que, no contexto do supermercado estudado, o aprendizado no nível grupal é considerado especialmente relevante na passagem para a AO, sendo entendido como o meio de entrada para a AO.

The objective of the article was to verify and analyze the relationship between the levels of individual (IL), group (GL) and organizational (OL) learning in the supermarket context. The theoretical contribution of this study is to support the debate posed by Bido et al. (2010; 2011) about the occurrence of the three levels of learning that depends on the circumstances and nature of the content to be learned and that they differentiate within organizations. Therefore, the article brings the specifics of learning in the Brazilian context of the supermarket segment. Data were collected through the application of a physical questionnaire to 100 workers. The analysis of the data and the four hypotheses raised was by modeling structural equations and using the SmartPLS software, whose constructs were measured as second-order latent variables (LV). The results showed that IL does not significantly impact GL or OL, invalidating hypotheses 1 and 2. However, GL significantly affects OL behavior, validating hypothesis 3. It is concluded that in the context of the supermarket studied, learning at the group level is considered especially relevant in the transition to OL, being understood as the means of entry to OL.