Resumo

O envelhecimento da população, no Brasil, evidenciado pelo aumento nas taxas de expectativa de vida e redução nas taxas de natalidade e mortalidade, implica na perspectiva da diminuição da população em idade escolar. Ao mesmo tempo, o avanço da tecnologia, que dinamiza os meios de comunicação e produção, favorece as inovações nas relações sociais e, no cenário pandêmico atual, estimulado pelo fenômeno da globalização, possibilita alternativas para a ressignificação do convívio em sociedade. Nesse sentido, há a projeção na redução do número de matrículas escolares, nas instituições, concomitante à popularização de modelos de ensino não presencial, como o ensino remoto. A diminuição no quantitativo de estudantes, entre outros, compromete a arrecadação de recursos para as instituições, afetando a gestão destas e implicando em um menor potencial de investimento. O ensino remoto, por sua vez, tende a originar espaços ociosos nas instituições e exige adequação de professores e funcionários na operação desta tecnologia, o que poderá ampliar custos em preparação e equipamentos. Diante dessas transformações, é necessário discutir a gestão escolar repensando em modelos de gestão financeira e pedagógica. Para tanto, esta pesquisa, através de uma revisão bibliográfica sobre a temática, busca propor diretrizes para a gerência nestas instituições frente aos desafios das transformações sociais. Com os artigos revisados, foi possível encontrar entendimentos teóricos que orientassem a construção de estratégias para a recuperação de recursos e a qualificação do ensino pedagógico. Entre os resultados obtidos, foi verificada como potencialidade para o déficit no número de matrículas a necessidade de qualificação no mercado de trabalho tecnológico. Em relação a estrutura escolar, verificou-se como alternativa para a manutenção de espaços ociosos a reconfiguração dos layouts de ensino, alinhando-os para a inserção de tecnologias de informação e educação (TDICs).

The aging of the population in Brazil, evidenced by the increase in life expectancy rates and a reduction in birth and mortality rates, implies the perspective of a decrease in the school-age population. At the same time, the advancement of technology, which streamlines the means of communication and production, favors innovations in social relations and, in the current pandemic scenario, stimulated by the phenomenon of globalization, allows alternatives for the redefinition of coexistence in society. In this sense, there is a projection to reduce the number of school enrollments in institutions, concomitant to the popularization of non-classroom teaching models, such as remote teaching. The decrease in the number of students, among others, compromises the collection of resources for the institutions, affecting their management and implying less investment potential. Remote education, in turn, tends to create idle spaces in institutions and requires the adaptation of teachers and employees in the operation of this technology, which may increase costs in preparation and equipment. In view of these changes, it is necessary to discuss school management by rethinking financial and pedagogical management models. To this end, this research, through a bibliographic review on the subject, seeks to propose guidelines for management in these institutions in the face of the challenges of social changes. With the revised articles, it was possible to find theoretical understandings that would guide the construction of strategies for the recovery of resources and the qualification of pedagogical teaching. Among the results obtained, the need for qualification in the technological labor market was identified as a potential for the deficit in the number of enrollments. Regarding the school structure, the reconfiguration of teaching layouts was found as an alternative for the maintenance of idle spaces for the insertion of information and education technologies (TDIC).