Resumo

A Educação Ambiental no Brasil, segundo a Política de Educação Ambiental - Lei nº 9.795/1999, “é transversal e interdisciplinar”, abrangendo todas as áreas do conhecimento, tanto no ensino formal quanto no não-formal. Porém, os espaços de educação não- formal, no qual ocorrem atividades de educação ambiental para crianças, ainda são efêmeros no país. A partir desta realidade foi criado no Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria – RS, advindo de um projeto de extensão, um Laboratório de Educação Ambiental Lúdica.

O projeto investiga a educação ambiental lúdica em espaços não-formais como método de ensino a crianças entre quatro anos e o quinto ano do fundamental. Além disso, promove-se estudos e atividades práticas para a aprendizagem das formas mais eficientes da introdução da temática de modo sustentável. Entre os assuntos abordados estão em o consumo responsável, a água, os resíduos e rejeitos, a fauna e flora e a alimentação saudável, os quais são introduzidos em diferentes espaços e formas, seja ao ar livre, sala de aula, laboratórios ou estufa, bem como por meio de jogos, brincadeira ou diálogo.

A adequação ambiental é uma necessidade mundial, tanto pelo ponto de vista da conservação dos recursos naturais, quanto pela necessidade de uma nova percepção por parte da população. Desse modo, estudos na área surgem como fonte de esclarecimento sobre inúmeros entraves pertinentes à sociedade atual, cujo descaso ao meio ambiente revelam a significativa a do sistema de ensino nacional, o qual firmado em métodos formais, carece os alunos de atividades práticas, pautas na ludicidade e nas diferentes formas da interdisciplinaridade que devem se fazerem presentes na educação ambiental

Oferecer um espaço para a educação ambiental não-formal a crianças, bem como potencializar a sensibilização destas para as questões ambientais, instrumentalizando-as para práticas sustentáveis cotidianas. Dessa forma, proporciona-se a visitação de instituições de ensino à Universidade Federal de Santa Maria, possibilitando a inserção de estudantes a laboratórios e a brincadeiras e jogos lúdicos, para que possa ocorrer uma troca de conhecimento sobre temáticas como o consumo responsável, a alimentação saudável, a água, os resíduos e rejeitos e a fauna e flora.

Destaca-se que apesar de ainda se encontrar em fase de testes e adaptações, o projeto Espaço Pachamama obteve significativo engajamento de instituições de Educação Infantil e de Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Ao longo dos dois períodos os quais já se manteve disponível para agendamento de visitas, sendo esses durante o segundo semestre letivo de 2022 e o primeiro semestre letivo de 2023, passaram por esta experiência 835 indivíduos, as quais contabilizaram 63 turmas provenientes de 22 instituições.

inserção da educação ambiental tende a auxiliar no desenvolvimento de atitudes mais sustentáveis em relação ao meio ambiente vivencial. E a ludicidade e atividades práticas se apresentam como uma ferramenta importante neste processo educacional, pois permite uma leitura do meio ambiente pelo viés da subjetividade, dos sentimentos, da espontaneidade e da autoexpressão, características estas muito presentes na infância. Desta forma, as crianças são sensibilizadas para se sentirem pertencentes à Mãe Terra,potencializando habilidades, valores e ações mais sustentáveis em relação ao planeta