Resumo

Nas últimas décadas é possível observar um crescimento do setor vitivinícola brasileiro, que se desenvolveu além das regiões tradicionais para locais com situações edafoclimáticas e métodos de cultivos não convencionais. Juntamente a este processo, tem-se uma maior abertura do Brasil ao comércio internacional, que traz consigo mais competição no mercado e, por conseguinte, desenvolve um consumidor mais rigoroso, obrigando o produtor nacional a buscar um produto de maior qualidade que atenda a estas exigências.

O objetivo do presente trabalho é analisar a competitividade do setor vitivinícola brasileiro no mercado internacional, examinando este cenário entre os anos de 2010 e 2020

A análise da competitividade por meio de índices de comércio baseia-se em princípios econômicos fundamentais estabelecidos por pensadores como Adam Smith, David Ricardo e a Teoria das Vantagens Comparativas de Hecksher-Ohlin (HO).

Metodologicamente, a análise é conduzida por meio do cálculo dos índices de Posição Relativa de Mercado (POS), Vantagem Comparativa Relevada Simétrica (VCRS), Indicador de Desempenho (DES) e Taxa de Cobertura (TC), com o intuito de verificar, de forma abrangente, o posicionamento do Brasil no mercado internacional de vinhos.

Em geral, os resultados indicam que o setor de vinhos brasileiros possui um caráter altamente importador e não apontam para a existência de vantagem ou especialização do segmento no mercado global.

Mesmo que haja esforços para a melhora deste cenário, é preciso um maior envolvimento público e privado para que este setor brasileiro consiga alcançar mais mercados, uma vez que a dependência, somente, dos mercados paraguaio e americano pode ser perigosa e limitadora para a execução de estratégias mais arrojadas de crescimento da produção brasileira neste segmento.

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