Resumo

Título do Artigo

CAPACIDADES DINÂMICAS, INCERTEZAS AMBIENTAIS E PROPENSÃO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO: QUAIS SÃO OS INDICADORES EXIBIDOS PELAS EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA BRASILEIRAS?
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Palavras Chave

Propensão para a internacionalização.
Propensity for internationalization.

Área

Internacionalização

Tema

Gestão Internacional: estratégias e táticas

Autores

Nome
1 - Maíra Nunes Piveta
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM - Centro de Ciências Sociais e Humanas - CCSH
2 - Flavia Luciane Scherer
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM - Centro de Ciências Sociais e Humanas
3 - Nathália Rigui Trindade
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM - Programa de pós graduação em administração
4 - Luis Felipe Dias Lopes
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM - Departamento de Ciências Admiistrativas
5 - Soraya de Souza Soares
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM - Campus Santa Maria

Reumo

A literatura confirma que as capacidades dinâmicas auxiliam as empresas a lidarem com as incertezas provenientes do ambiente e que a ação estratégica de internacionalizar-se pode surgir como uma resposta a esse cenário.
Em se tratando de empresas de base tecnológica no cenário brasileiro, pode-se estimar quais são os indicadores exibidos para tais constructos? Observando esse questionamento, o presente estudo objetivou caracterizar as empresas de base tecnológica brasileiras por meio da proposição de indicadores para as capacidades dinâmicas (adaptativas, absortivas e inovativas), incertezas ambientais (de mercado e tecnológicas) e a propensão para a internacionalização.
Nesta pesquisa adotou-se a perspectiva teórica das capacidades dinâmicas (WANG; AHMED, 2007), incertezas ambientais (LIN et al., 2014) e orientação para o crescimento internacional (NUMMELA et al., 2005) para o desenvolvimento do estudo.
O método do estudo baseia-se num estudo quantitativo junto de 137 empresas de base tecnológicas brasileiras utilizando-se da técnica de Lopes (2018) para viabilizar os procedimentos de padronização de escores. Esta técnica é capaz de elucidar o nível – sendo ele baixo, moderado e alto – auferido pelo conjunto de indicadores, também conhecidos como dimensões das escalas utilizadas.
A padronização das escalas de capacidade adaptativa, absortiva e inovativa retornaram altos níveis indicados por 86,86% (n=119), 88,32% (n=121) e 93,43% (n=128) respectivamente. Igualmente, as incertezas ambientais de mercado e tecnológicas demonstraram níveis elevados representados por 85,40% (n=117) e 87,59% (n=120) respectivamente. Por outro lado, identificou-se um baixo nível geral da escala de OCI indicando que 40,88% (n=56) das empresas examinadas não estão propensas a internacionalizar-se.
A partir dos indicadores observados, evidenciou-se que ingressar em mercados internacionais encontra-se fora do radar de intenções das empresas de base tecnológicas brasileiras instaladas em habitats de inovação no Brasil. Assim, sugere-se que estudos futuros pesquisem os principais decisores – empresário(s) e/ou gestor(es) de topo que afetam consideravelmente a internacionalização das empresas.
LIN, Y.; ZHAO, S.; LI, N. A study of network-building HR practices for TMT, strategic flexibility and firm performance. Nankai Business Review International, v. 5, n.1, p.95–114, 2014. LOPES, L. F. D. Métodos quantitativos aplicados ao comportamento organizacional. Santa Maria: Voix, 2018. NUMMELA, N.; PUUMALAINEN, K.; SAARENKETO, S. International growth orientation of knowledge-Intensive SMES. Journal of International Entrepreneurship, v.3, p.5-18, 2005. WANG, C. L.; AHMED, P. K. Dynamic capabilities: a review and research agenda. The International Journal of Management Reviews, 9(1): 31-51,