Resumo

O Fenômeno da Impostora (FI) é um sentimento prevalente em mulheres, onde elas subestimam suas habilidades, apesar de trajetórias de sucesso. Embora debatido desde os anos 70, há poucas publicações acadêmicas no Brasil. Algumas o veem como fraude consciente, enquanto outras o comparam à Síndrome da Impostora. Este fenômeno resulta de questões sociais do sistema patriarcal. O artigo busca identificar sinais e superar o FI, ampliando o debate. Estruturado com referencial teórico, metodologia, reconhecimento do FI e alternativas para enfrentá-lo.

Fenômeno da Impostora é vivenciado por pessoas que não veem o quão capazes e qualificadas são, mesmo que tenham sucesso, atribuem suas vitórias à sorte e a oportunidades, e não às suas competências e desejos. Após 40 anos estudos sobre FI o tema avançou? Maior parte produção científica trata da aplicação de testes para medir intensidade FI. Ampliar o debate é relevante. O artigo objetiva encontrar na literatura, estudos recentes que tratam da identificação dos sinais, assim como alternativas de superação do FI. Busca estudos recentes sobre identificação e alternativas de superação do (FI).

O estudo destaca um fenômeno em mulheres de sucesso que se sentem impostoras, incapazes de reconhecer suas habilidades. Isso causa insegurança, ansiedade e impacta negativamente a autoconfiança. Esses sentimentos impostores são frequentemente ligados a fatores externos e podem persistir ao longo da vida, prejudicando o avanço profissional e a aceitação de elogios. O FI emerge de incertezas pessoais e pode afetar o desempenho acadêmico e profissional, além da saúde mental. Características pessoais, como gênero e educação, podem agravar o problema, limitando o potencial sucesso.

Buscando na Web of Science, a palavra “Impostor” e com os filtros “texto em inglês” de 2019-2023, excluindo os que não são sobre o FI, emergiram 140 artigos. Aplicando os filtros Social Sciences e Business Economics, 6 artigos foram encontrados. Também foi feita a busca no Portal de Periódicos Capes, inserindo o termo “Fenômeno Impostor” aplicando os filtros “texto em português” de 2019 a 2023, emergiram 8 artigos. Refinando a busca para a área de interesse de estudo, excluindo os que não são sobre o FI. Ao final, quatro artigos desenvolvidos no Brasil foram encontrados.

Identificação: ciclo impostor, feedback não internalizado, fazer trabalho é preciso sofrer; visão distorcida própria inteligência; perfeccionismo; sentimento inadequação, falsidade intelectual; constrangimento quando líder; contentar-se com pouco. Superações: análise contexto, mudar para pertencer; combater estereótipos, aumentar diversidade profissões e níveis hierárquicos, equidade; formação para tomadores de decisão; grupos para compartilhar experiências/dúvidas sobre próprias competências; entender críticas construtivas como oportunidades de crescimento; aprender a agir com autoconfiança.

Houve avanços nas pesquisas do FI, com foco em perfis impostores mais abrangentes. A literatura identifica características impostoras e oferece estratégias para superar o FI, enfatizando a importância da aprendizagem organizacional e da terapia individual. O FI não é apenas pessoal, mas reflete o contexto social e organizacional. Abordagens holísticas são essenciais para promover a igualdade de gênero, compartilhar experiências e fortalecer a autoconfiança. Sugere-se futuras aplicações do IPP30 no contexto organizacional brasileiro.

BENNETT, J. How to overcome “impostor syndrome.”. The New York Times, 2019. CLANCE, Pauline Rose. Clance impostor phenomenon scale. Personality and Individual Differences, 1985. https://doi.org/10.1037/t11274-000 FEENSTRA, S. et al. doi: 10.3389/fpsyg.2020.575024 IBRAHIM, F.; MÜNSCHER, J.C; HERZBERG https://doi.org/10.1007/s12144-020-00895-x. MELLO et al. doi e2112641931-e2112641931, 2023.