Resumo

Título do Artigo

ESTRESSE NO TRABALHO: UM ESTUDO COM SERVIDORES MUNICIPAIS
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Palavras Chave

Estresse. Gestão pública. Servidor Público.
Stress. Public Management. Public server.

Área

Estratégia

Tema

Gestão Estratégica de Pessoas

Autores

Nome
1 - NATÁLIA CANAL
2 - NUVEA KUHN
INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA - São Vicente do Sul
3 - Luis Felipe Dias Lopes
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM - Departamento de Ciências Admiistrativas

Reumo

A maioria das pessoas já passou por estresse em algum momento de suas vidas. Na maioria dos trabalhos, existem situações que os trabalhadores consideram estressoras, mas nem todos veem as mesmas situações da mesma forma (SPECTOR, 2002). O estresse pode ser conceituado como um “processo em que o indivíduo percebe demandas do trabalho como estressores, os quais, ao exceder sua habilidade de enfrentamento, provocam no sujeito reações negativas” (PASCHOAL; TAMAYO, 2004, p. 46).
Identificar os níveis de estresse no trabalho a partir da percepção de servidores municipais relativo à autonomia e controle; papéis e ambiente de trabalho; relacionamento com o chefe; relacionamentos interpessoais, e crescimento e valorização.
Proporcionar autonomia para que o trabalhador decida a melhor forma de realizar seu trabalho traz bons resultados (CARDOSO; MORGADO, 2019). Para Santos (2012, p. 58), a autonomia “desenvolve no trabalhador a percepção do quanto ele é responsável pelo que executa e o significado do seu trabalho”. O controle indica até que ponto os trabalhadores podem tomar decisões sobre seu trabalho (SPECTOR, 2002).
Por meio de uma pesquisa por conveniência caracterizada como descritiva (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2013), foram convidados a participar desta pesquisa 123 servidores de uma Prefeitura localizada na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Foi utilizada a versão reduzida da Escala de Estresse no Trabalho (EET) de Paschoal e Tamayo (2004). A EET consiste em 13 itens avaliados em uma escala de 5 pontos (1= discordo totalmente; 5 = concordo totalmente). Acrescentamos a opção 6 (não se aplica), para servidores que não concordassem com algumas das afirmações disponibilizadas no instrumento.
Contando com 80 servidores de diferentes setores de uma Prefeitura, notamos um público predominantemente feminino (60%), com uma faixa etária de 31 a 45 anos (40%), sendo que 32% dos respondentes atuam como servidores públicos a mais de 16 anos. A percepção quanto aos níveis de estresse por parte dos servidores foi baixa (PACHOAL; TAMAYO, 2004; TABASO; CORDEIRO, 2018), o que aponta para resultados positivos no que tange a este aspecto.
Os resultados permitiram identificar um baixo nível de estresse no trabalho a partir da percepção de servidores municipais. Contudo, alguns pontos podem ser melhorados, principalmente no que diz respeito a maior clareza sobre as especificidades inerentes às funções do cargo, pois 22% concordaram que se sentiram irritados com a falta de compreensão de suas responsabilidades no trabalho (Item 5). Além disso, verificou-se que 15% concordaram que se sentem incomodados com a falta de confiança do seu superior (Item 9), ou seja, a relação entre cargos de gestão e subordinados também requer atenção.
CARDOSO, A.C.; MORGADO, L. Trabalho e saúde do trabalhador no contexto atual: ensinamentos da Enquete Europeia sobre Condições de Trabalho. Saúde Soc. v. 28, n. 1. p. 169- 161. São Paulo, 2019. PASCHOAL, T.; TAMAYO, A. Validação da escala de estresse no trabalho. Estudos de Psicologia (Natal), v. 9, p. 45-52, 2004. TABOSA, M.P.O.; CORDEIRO, A.T. Estresse ocupacional: análise do ambiente laboral de uma cooperativa de médicos de Pernambuco. Revista de carreiras e pessoas, v. 8, n. 2, 2018.