Resumo

As embalagens plásticas são responsáveis pela poluição plástica, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, em 2010 aproximadamente 80% das embalagens foram descartadas após o primeiro uso. Sendo que o maior problema em usar o plástico está em seu tempo de degradação com aproximadamente 500 anos. Contudo, existem alternativas sustentáveis para tal problema, como as bioembalagens. Produto biodegradável, com o objetivo de reprimir as concentrações de compostos residuais inorgânicos, permitindo um processo de degradação eficiente e mais rápido.

A bioembalagem é um setor em crescimento em termos de inovação, atendendo a demanda de sustentabilidade nas indústrias de embalagens. Com o desafio de minimizar o impacto ambiental, o setor tende a incorporar o desenvolvimento ambiental, financeiro e social. Objetivou realizar uma revisão bibliográfica para melhor compreensão sobre as bioembalagens e suas aplicabilidades no mercado, como alternativa para a indústria e para o uso do consumidor.

s bioembalagens são produzidas por biopolímeros, originados a partir de matérias-primas de fontes renováveis, como: milho, cana-de-açúcar, mandioca, fibras, amiláceos, entre outros. Os biopolímeros, ao contrário dos polímeros provenientes do petróleo, possuem degradabilidade rápida por ação, e são degradados através da ação dos microrganismos. As bioembalagens vem para alavancar o mercado de embalagens, produtos fundamentais para o setor, pois possuem função de armazenamento e proteção dos alimentos, sendo uma alternativa estratégica para minimizar os impactos ambientais.

A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica da literatura, buscando em estudos primários suas informações. O estudo apresentou uma abordagem qualitativa, realizada no Periódicos Capes, priorizando estudos recentes publicado no período de 2018 até 2023.

A utilização de uma bioembalagem agrega valor ao produto e aumenta a confiança dos consumidores que cada vez mais estão atentos às questões ambientais. Em 2022 o mercado global de embalagens sustentáveis somou US$101,49 bilhões. Estudos mostram iniciativas de empresas Brasileiras, como a iFood e Suzano, a startup Já Fui Mandioca e a Oka Bioembalagens, que produzem embalagens biodegradaveis a partir de fécula de mandioca e fibras naturais, agregando valor as cadeias produtivas. Porém, para a produção das bioembalagens os custos são mais elevados, além de equipamentos maiores e tecnológicos.

A bioembalagem é uma alternativa biodegradável em ascensão no mercado para o consumidor e para a indústria que buscam por sustentabilidade. A bioembalagem vêm como uma possibilidade de embalagens inovadora com degradabilidade menor em comparação as embalagens plásticas convencionais, porém, a indústria ainda encontra desafios para a sua implementação devido aos custos elevados para confecção e adesão.

BAJER, D; JANCZAK, K; BAJER, K. Novel starch/chitosan/aloe vera composites as promising biopackaging materials. Journal of Polymers and the Environment, v. 28, n. 3, p. 1021-1039, 2020. JIANG, P. KLEMES, J.J., FAN, Y.V. 2020. Plastics: friends or foes? The circularity and plastic waste footprint. Energy Sources, Part A Recovery, Util. Environ. Eff. 1–17. PHELAN, A. A et al. Plastic pollution and packaging: Corporate commitments and actions from the food and beverage sector. Journal of Cleaner Production, v. 331, p. 129827, 2022