Resumo

: Práticas socioambientais se tornam necessárias no ambiente de negócios, aos quais fazem-se relevantes também nas instituições financeiras. Por meio de uma pesquisa qualitativa, de natureza descritiva, o presente artigo analisou como os dois maiores bancos públicos do Brasil inovam para incorporar a sustentabilidade em seus modelos de negócio, utilizando os arquétipos de modelo de negócios sustentável propostos por Angus e Bocken (2018). Para isso foram realizadas entrevistas com gerentes das duas maiores instituições bancárias públicas do Brasil, além de consulta à dados secundários, obtidos por meio de relatórios públicos de sustentabilidade divulgados pelas instituições no período de 2013 à 2018. Os resultados apontam que os dois maiores bancos públicos brasileiros adequaram-se a inovações tecnológicas essenciais para a sustentabilidade, tanto por meio de inovações sociais que buscam melhorar a qualidade de vida da população e do meio ambiente, quanto por inovações organizacionais que permitem as instituições colaborarem com o desenvolvimento sustentável, por meio da forma como organizam suas atividades.

Socio-environmental practices become necessary in the business environment, which are also relevant in financial institutions. Through a qualitative, descriptive research, the present article analyzed how the two largest public banks in Brazil innovate to incorporate sustainability into their business models, using the archetypes of a sustainable business model proposed by Angus and Bocken (2018). For this, interviews were conducted with managers of the two largest public banking institutions in Brazil, as well as consultation with secondary data, obtained through public sustainability reports released by the institutions in the period from 2013 to 2018. The results indicate that the two largest public banks Brazilians have adapted to technological innovations essential for sustainability, both through social innovations that seek to improve the quality of life of the population and the environment, as well as through organizational innovations that allow institutions to collaborate with sustainable development through the form how they organize their activities.